Dia 28 de Março - Sábado
V SEMANA DA QUARESMA
(Roxo, Prefácio da Paixão I – Ofício do Dia)
Antífona de entrada:
Ó Senhor, não fiqueis longe de mim! Ó minha
força, correi em meu socorro! Sou um verme, e não um homem, opróbrio
dos homens e rebotalho da plebe (Sl 21,20.7).
Oração do dia
Ó Deus, vós sempre cuidais da salvação dos homens e, nesta
Quaresma, nos alegrais com graças mais copiosas. Considerai com bondade
aqueles que escolhestes, para que a vossa proteção paterna acompanhe os
que se preparam para o batismo e guarde os que já foram batizados. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Ezequiel 37,21-28)
Leitura da profecia de Ezequiel.
37 21 E tu dirás: eis o que
diz o Senhor Javé: "Vou recolher os israelitas de entre as nações onde
se acham dispersos; vou congregá-los de toda parte e trazê-los para a
sua terra.
22 Farei com que, em sua terra, sobre as montanhas
de Israel, não formem mais do que uma só nação, que não possuam mais do
que um rei. Não mais existirá a divisão em dois povos e em dois reinos.
23 Não mais se mancharão com seus ídolos nem
cometerão infames abominações: libertá-los-ei de todas as transgressões
de que se tornaram culpados e purificá-los-ei. Eles serão o meu povo, e
eu serei o seu Deus.
24 Meu servo Davi será o seu rei; não terão todos
senão um só pastor; obedecerão aos meus mandamentos, observarão as
minhas leis e as porão em prática.
25 Habitarão a terra que concedi a meu servidor
Jacó, aquela em que vossos pais residiram; eles aí permanecerão; eles,
seus filhos e os filhos de seus filhos para sempre. Davi, meu servo,
será para sempre o seu rei.
26 Concluirei com eles uma aliança de paz, um
tratado eterno. Eu os plantarei e multiplicá-los-ei. Estabelecerei para
sempre o meu santuário entre eles.
27 Minha residência será no meio deles. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
28 E as nações saberão que sou eu, o Senhor, quem
santifica Israel, quando o meu santuário se achar constituído para
sempre no meio do (meu) povo".
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial Jr 31
O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
Ouvi, nações, a palavra do Senhor
e anunciai-a na ilhas mais distantes:
“Quem dispersou Israel vai congregá-lo
e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
Pois, na verdade, o Senhor reuniu Jacó
e o libertou do poder do prepotente.
Voltarão para o monte de Sião,
entre brados e cantos de alegria
afluirão para as bênçãos do Senhor.
Então a virgem dançará alegremente,
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto,
serei consolo e conforto após a guerra.
Evangelho (João 11,45-56)
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31)
Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 11 45 muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46 Alguns deles, porém, foram aos fariseus e lhes contaram o que Jesus realizara. 47 Os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: "Que faremos? Esse homem multiplica os milagres. 48 Se o deixarmos proceder assim, todos crerão nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação". 49 Um deles, chamado Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano, disse-lhes: "Vós não entendeis nada! 50 Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação". 51 E ele não disse isso por si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote daquele ano, profetizava que Jesus havia de morrer pela nação, 52 e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos. 53 E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida. 54 Em conseqüência disso, Jesus já não andava em público entre os judeus. Retirou-se para uma região vizinha do deserto, a uma cidade chamada Efraim, e ali se detinha com seus discípulos. 55 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e muita gente de todo o país subia a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar. 56 Procuravam Jesus e falavam uns com os outros no templo: "Que vos parece? Achais que ele não virá à festa?"
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
JESUS CONDENADO À MORTE
A existência de Jesus foi cercada de elementos contraditórios: fé e incredulidade, vida e morte, luz e trevas. A oposição entre estes elementos foi se acirrando cada vez mais, na medida em que a hora de Jesus se aproximava.
O Mestre não se rendeu às investidas dos adversários, mas seguiu, corajosamente o seu caminho. Os adversários, por sua vez, não estavam dispostos a capitular diante dos questionamentos levantados pela prática de Jesus. Por isso, insistiam em acusá-lo de blasfemo e em exigir sua morte.
Um autêntico processo se instaurou contra Jesus e um tribunal foi convocado para tratar do caso. O núcleo da acusação centrava-se nos milagres realizados por Jesus e no conseqüente perigo de muita gente acabar acreditando nele. O medo da reação dos romanos era secundário. Sob este aspecto, havia gente muito mais perigosa do que Jesus. Um argumento convenceu a todos: era preferível o sacrifício de um só do que a destruição de toda a nação. Por unanimidade, Jesus foi condenado à morte e passou a ser procurado como um malfeitor.
Este foi o verdadeiro julgamento de Jesus. Aquele realizado posteriormente foi apenas uma farsa. Enfim, para condenar Jesus à morte, a justiça foi atropelada.
A existência de Jesus foi cercada de elementos contraditórios: fé e incredulidade, vida e morte, luz e trevas. A oposição entre estes elementos foi se acirrando cada vez mais, na medida em que a hora de Jesus se aproximava.
O Mestre não se rendeu às investidas dos adversários, mas seguiu, corajosamente o seu caminho. Os adversários, por sua vez, não estavam dispostos a capitular diante dos questionamentos levantados pela prática de Jesus. Por isso, insistiam em acusá-lo de blasfemo e em exigir sua morte.
Um autêntico processo se instaurou contra Jesus e um tribunal foi convocado para tratar do caso. O núcleo da acusação centrava-se nos milagres realizados por Jesus e no conseqüente perigo de muita gente acabar acreditando nele. O medo da reação dos romanos era secundário. Sob este aspecto, havia gente muito mais perigosa do que Jesus. Um argumento convenceu a todos: era preferível o sacrifício de um só do que a destruição de toda a nação. Por unanimidade, Jesus foi condenado à morte e passou a ser procurado como um malfeitor.
Este foi o verdadeiro julgamento de Jesus. Aquele realizado posteriormente foi apenas uma farsa. Enfim, para condenar Jesus à morte, a justiça foi atropelada.
Oração
Senhor Jesus, tua morte resultou da trama injusta de teus inimigos. Que eu seja solidário com todas as vítimas da injustiça, também condenada à morte.
Senhor Jesus, tua morte resultou da trama injusta de teus inimigos. Que eu seja solidário com todas as vítimas da injustiça, também condenada à morte.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
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