Dia 21 de Março - Sábado
IV SEMANA DA QUARESMA
(Roxo – Ofício do Dia)
Antífona de entrada:
As ondas da morte me cercavam, tragavam-me
as torrentes infernais; na minha angústia, chamei pelo Senhor, de seu
templo ouviu a minha voz (Sl 17,5ss).
Oração do dia
Ó Deus, na vossa misericórdia, dirigi os nossos corações, pois,
sem o vosso auxílio, não vos podemos agradar. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Jeremias 11,18-20)
Leitura do livro do profeta Jeremias.
11 18 Instruído pelo Senhor, eu o desvendei. Vós me fizestes conhecer seus intentos.
19 E eu, qual manso cordeiro conduzido à matança,
ignorava as maquinações tramadas contra mim: "destruamos a árvore em seu
vigor. Arranquemo-la da terra dos vivos, e que seu nome caia no
esquecimento".
20 Vós sois, porém, Senhor dos exércitos, justo
juiz que sondais os rins e os corações. Serei testemunha da vingança que
tomarei deles e a vós confio minha causa.
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 7
Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio.
Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio:
vinde salvar-me do inimigo, libertai-me!
Não aconteça que agarrem minha vida,
como um leão que despedaça a sua presa,
sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me!
Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço
e segundo a inocência que há em mim!
Ponde um fim à iniqüidade dos perversos
e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça,
vós que sondai os nossos rins e corações.
O Deus vivo é um escudo protetor
e salva aqueles que têm reto coração.
Deus é juiz e ele julga com justiça,
mas é um Deus que ameaça cada dia.
Evangelho (João 7,40-53)
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 7 40 ouvindo essas palavras, alguns daquela multidão diziam: "Este é realmente o profeta". 41 Outros diziam: "Este é o Cristo". Mas outros protestavam: "É acaso da Galiléia que há de vir o Cristo? 42 Não diz a Escritura: ‘o Cristo há de vir da família de Davi, e da aldeia de Belém, onde vivia Davi?’" 43 Houve por isso divisão entre o povo por causa dele. 44 Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe lançou as mãos. 45 Voltaram os guardas para junto dos príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: "Por que não o trouxestes?" 46 Os guardas responderam: "Jamais homem algum falou como este homem!" 47 Replicaram os fariseus: "Porventura também vós fostes seduzidos? 48 Há, acaso, alguém dentre as autoridades ou fariseus que acreditou nele? 49 Este poviléu que não conhece a lei é amaldiçoado!" 50 Replicou-lhes Nicodemos, um deles, o mesmo que de noite o fora procurar: 51 "Condena acaso a nossa lei algum homem, antes de o ouvir e conhecer o que ele faz?" 52 Responderam-lhe: "Porventura és também tu galileu? Informa-te bem e verás que da Galiléia não saiu profeta". 53 E voltaram, cada um para sua casa.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
QUEM É JESUS?
Não foi fácil, para os contemporâneos de Jesus, definir sua identidade. Seus feitos prodigiosos levavam as pessoas a se perguntarem quem era ele. Suas palavras tinham a vibração dos antigos profetas. Seu modo de ser dava motivo para chamá-lo de Messias. Entretanto, por ser tido como galileu, descartava-se esta possibilidade. Não se esperava nenhum messias profeta vindo da Galiléia. E a indagação inicial permanecia sem resposta.
A dificuldade em definir a identidade de Jesus tinha sua origem na maneira equivocada de abordá-lo. As respostas obtidas enfocavam a exterioridade de Jesus, sua aparência. Sob este aspecto, as definições aplicadas a ele até podiam ser verdadeiras, mas eram insuficientes.
A verdadeira identidade de Jesus escondia-se atrás de suas palavras e de suas ações. Quem atingia este nível de profundidade, defrontava-se com sua dimensão divina, fundamento de sua autoridade e do poder miraculoso de seu agir. Aí se escondia sua condição de Filho de Deus e a perfeita unidade existente entre seu querer e o querer do Pai.
Por conseguinte, pouco importavam seu lugar de origem, sua genealogia e suas relações com personagens do passado. Para decifrar o enigma de sua identidade, bastaria aceitá-lo como Filho de Deus.
Não foi fácil, para os contemporâneos de Jesus, definir sua identidade. Seus feitos prodigiosos levavam as pessoas a se perguntarem quem era ele. Suas palavras tinham a vibração dos antigos profetas. Seu modo de ser dava motivo para chamá-lo de Messias. Entretanto, por ser tido como galileu, descartava-se esta possibilidade. Não se esperava nenhum messias profeta vindo da Galiléia. E a indagação inicial permanecia sem resposta.
A dificuldade em definir a identidade de Jesus tinha sua origem na maneira equivocada de abordá-lo. As respostas obtidas enfocavam a exterioridade de Jesus, sua aparência. Sob este aspecto, as definições aplicadas a ele até podiam ser verdadeiras, mas eram insuficientes.
A verdadeira identidade de Jesus escondia-se atrás de suas palavras e de suas ações. Quem atingia este nível de profundidade, defrontava-se com sua dimensão divina, fundamento de sua autoridade e do poder miraculoso de seu agir. Aí se escondia sua condição de Filho de Deus e a perfeita unidade existente entre seu querer e o querer do Pai.
Por conseguinte, pouco importavam seu lugar de origem, sua genealogia e suas relações com personagens do passado. Para decifrar o enigma de sua identidade, bastaria aceitá-lo como Filho de Deus.
Oração
Senhor Jesus, dá-me uma fé cada vez mais robusta que me leve a conhecer-te sempre mais e melhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir
Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês).
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