10 junho 2015

LITURGIA DIA 21 de JUNHO de 2015

Dia 21 de Junho - Domingo

 

XII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Verde, Glória, Creio – IV Semana do Saltério)

 

Antífona de entrada:
 
O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos (Sl 27,8s).
Oração do dia
 
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Jó 38,1.8-11)
 
Leitura do livro de Jó.
38 1 Então, do seio da tempestade, o Senhor deu a Jó esta resposta:
8 “Quem fechou com portas o mar, quando brotou do seio maternal,
9 quando lhe dei as nuvens por vestimenta, e o enfaixava com névoas tenebrosas;
10 quando lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
11 dizendo: ‘Chegarás até aqui, não irás mais longe; aqui se deterá o orgulho de tuas ondas?’”
Palavra do Senhor.

Salmo responsorial 106/107
 
Daí graças ao Senhor porque ele é bom,
porque eterna é a sua misericórdia!


Os que sulcam o alto-mar com seus navios,
para ir comerciar nas grandes águas,
testemunharam os prodígios do Senhor
e as suas maravilhas no alto-mar.


Ele ordenou, e levantou-se os furação,
arremessando grandes ondas para o alto;
aos céus subiam aos abismos,
seus corações desfaleciam de pavor.


Mas gritaram ao Senhor na aflição,
e ele os libertou daquela angústia.
Transformou a tempestade em bonança,
e as ondas do oceano se calaram.


Alegraram-se ao ver o mar tranqüilo,
e ao porto desejado os conduziu.
Agradeçam ao Senhor por seu amor
e por suas maravilhas entre os homens!

Leitura (2 Coríntios 5,14-17)
 
Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios.
14 O amor de Cristo nos constrange, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram.
15 Sim, ele morreu por todos, a fim de que os que vivem já não vivam para si, mas para aquele que por eles morreu e ressurgiu.
16 Por isso, nós daqui em diante a ninguém conhecemos de um modo humano. Muito embora tenhamos considerado Cristo dessa maneira, agora já não o julgamos assim.
17 Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!
Palavra do Senhor.

Evangelho (Marcos 4,35-41)
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Um grande profeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou; é Deus que seu povo visita, seu povo meu Deus visitou (Lc 7,16).



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
4 35 À tarde daquele dia, disse Jesus a seus discípulos: “Passemos para o outro lado”.
36 Deixando o povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele estava. Outras embarcações o escoltavam.
37 Nisto surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água.
38 Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que pereçamos?”
39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Cala-te!” E cessou o vento e seguiu-se grande bonança.
40 Ele disse-lhes: “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?”
41 Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
 
O SENHOR DA NATUREZA
            Os milagres de Jesus em relação aos elementos da natureza chamam a atenção para um dado de sua identidade. Ele é detentor de um poder próprio de Deus-criador.
            A fúria das ondas do mar evocava o caos anterior à intervenção criadora de Deus que colocou ordem no universo e o transformou em lugar da habitação do ser humano.
            Ao acalmar o vento e o mar, com sua autoridade, Jesus se serviu de um poder próprio de Deus, possibilitando aos discípulos continuarem sua viagem. O mar encapelado simbolizava o mundo hostil com o qual os discípulos se defrontariam e diante do qual seriam tomados de pavor. A presença de Jesus, submetendo as forças do vento e das ondas, era motivo de esperança. Por maior que fossem as forças caóticas, contrárias à propagação do Reino, Jesus teria poder de subjugá-las. Os discípulos não seriam poupados do confronto com as forças do mal. Mas, nos momentos de tribulação, poderiam contar com a presença de seu Mestre e Senhor. Com o poder recebido do Pai, ele os livraria do poder do mal.
            Por conseguinte, o discípulo não tem por que temer, quando se vê assediado pelas perseguições. Jesus está a seu lado, com o poder de transformar a tempestade em bonança. Nada é suficientemente forte, que não possa ser dominado por ele.


Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer tua presença junto de mim, protegendo-me e livrando-me, nas horas de tribulação.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 

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