Dia 12 de Junho - Sexta-feira
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(Branco, Glória, Creio, Prefácio Próprio – Ofício da Solenidade)
Antífona de entrada:
Eis os pensamentos do seu coração, que
permanecem ao longo das gerações: libertar da morte todos os homens e
conservar-lhes a vida em tempo de penúria (Sl 32,11.19).
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, alegrando-nos pela
solenidade do Coração do vosso Filho, meditemos as maravilhas de seu
amor e possamos receber, desta fonte de vida, uma torrente de graças.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
Leitura (Oséias 11,1.3-4.8-9)
Leitura da profecia de Oséias.
11 1 “Israel era ainda criança, e já eu o amava, e do Egito chamei meu filho.
3 Eu, entretanto, ensinava Efraim a andar, tomava-o nos meus braços, mas não compreenderam que eu cuidava deles.
4 Segurava-os com laços humanos, com laços de amor; fui para eles como o que tira da boca uma rédea, e lhes dei alimento.
8 Como poderia eu abandonar-te, ó Efraim, ou trair-te, ó
Israel? Como poderia eu tratar-te como Adama, ou tornar-te como Seboim?
Meu coração se revolve dentro de mim, eu me comovo de dó e compaixão.
9 Não darei curso ao ardor de minha cólera, já não destruirei
Efraim, porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de ti, e
não gosto de destruir”.
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial Is 12
Com alegria bebereis do manancial da salvação.
Eis o Deus, meu salvador, eu confio e nada temo;
o Senhor é minha força, meu louvor e salvação.
com alegria bebereis no manancial da salvação
e direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor,
invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas,
entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.
Louvai, cantando, ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos,
publicai em toda a terra suas grandes maravilhas!
Exultai, cantando alegres, habitantes de Sião,
porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel!”
Leitura (Efésios 3,8-12.14-19)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
3 8 A mim, o mais insignificante dentre todos os
santos, coube-me a graça de anunciar entre os pagãos a inexplorável
riqueza de Cristo,
9 e a todos manifestar o desígnio salvador de Deus, mistério oculto desde a eternidade em Deus, que tudo criou.
10 Assim, de ora em diante, as dominações e as
potestades celestes podem conhecer, pela Igreja, a infinita diversidade
da sabedoria divina,
11 de acordo com o desígnio eterno que Deus realizou em Jesus Cristo, nosso Senhor.
12 Pela fé que nele depositamos, temos plena confiança de aproximar-nos junto de Deus.
14 Por esta causa dobro os joelhos em presença do Pai,
15 ao qual deve a sua existência toda família no céu e na terra,
16 para que vos conceda, segundo seu glorioso
tesouro, que sejais poderosamente robustecidos pelo seu Espírito em
vista do crescimento do vosso homem interior.
17 Que Cristo habite pela fé em vossos corações, arraigados e consolidados na caridade,
18 a fim de que possais, com todos os cristãos, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade,
19 isto é, conhecer a caridade de Cristo, que desafia todo o conhecimento, e sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Evangelho (João 19,31-37)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tomai sobre vós o meu jogo e de mim aprendei, que sou manso e humilde de coração (Mt 11,29).
Tomai sobre vós o meu jogo e de mim aprendei, que sou manso e humilde de coração (Mt 11,29).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João. 19 31 Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. 32 Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados. 33 Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, 34 mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. 35 O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais. 36 Assim se cumpriu a Escritura: “Nenhum dos seus ossos será quebrado”. 37 E diz em outra parte a Escritura: “Olharão para aquele que transpassaram”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O CORAÇÃO TRANSPASSADO
A morte de cruz foi, na vida de Jesus, a expressão consumada de seu amor pela humanidade pecadora e de sua fidelidade ao Pai. Ela resumiu seu projeto de serviço ao Reino de Deus e comprovou que sua vida estava totalmente centrada no Pai.
A cena do coração de Jesus, transpassado pela lança com o conseqüente jorrar de água e sangue, foi carregada de simbolismo sacramental. Do coração de Jesus, brotava a água do Batismo, que purificaria o cristão do pecado e refaria seu relacionamento com Deus. Pelo Batismo, o cristão se converteria ao amor e ao perdão, redescobriria a importância da comunhão fraterna e passaria a fazer parte do povo novo, salvo por Jesus. O sangue jorrado do coração de Jesus simbolizava a Eucaristia, em que sua paixão e morte seriam revividas como memorial, recordando, sem cessar, a presença de seu sacrifício redentor, na história humana.
O coração transpassado não correspondeu à pura constatação de que Jesus, realmente, tinha chegado ao fim. Pelo contrário, a abundância de água e sangue apontavam para a inauguração de tempos novos. Do coração aberto nasceria a Igreja, cuja missão seria levar adiante a obra redentora de Jesus e manter viva sua memória na consciência da humanidade, mediante um testemunho de vida modelado em Jesus. Seu coração seria um apelo aos cristãos para viverem o amor e manifestarem sua fidelidade ao Pai, até o extremo.
A morte de cruz foi, na vida de Jesus, a expressão consumada de seu amor pela humanidade pecadora e de sua fidelidade ao Pai. Ela resumiu seu projeto de serviço ao Reino de Deus e comprovou que sua vida estava totalmente centrada no Pai.
A cena do coração de Jesus, transpassado pela lança com o conseqüente jorrar de água e sangue, foi carregada de simbolismo sacramental. Do coração de Jesus, brotava a água do Batismo, que purificaria o cristão do pecado e refaria seu relacionamento com Deus. Pelo Batismo, o cristão se converteria ao amor e ao perdão, redescobriria a importância da comunhão fraterna e passaria a fazer parte do povo novo, salvo por Jesus. O sangue jorrado do coração de Jesus simbolizava a Eucaristia, em que sua paixão e morte seriam revividas como memorial, recordando, sem cessar, a presença de seu sacrifício redentor, na história humana.
O coração transpassado não correspondeu à pura constatação de que Jesus, realmente, tinha chegado ao fim. Pelo contrário, a abundância de água e sangue apontavam para a inauguração de tempos novos. Do coração aberto nasceria a Igreja, cuja missão seria levar adiante a obra redentora de Jesus e manter viva sua memória na consciência da humanidade, mediante um testemunho de vida modelado em Jesus. Seu coração seria um apelo aos cristãos para viverem o amor e manifestarem sua fidelidade ao Pai, até o extremo.
Senhor Jesus, que a água e o sangue, jorrados de teu coração
transpassado, revigorem o amor e a fidelidade que estão no meu coração.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir
Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
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