Dia 6 de Junho - Sábado
IX SEMANA DO TEMPO COMUM
*
(Verde – Ofício do Dia da I Semana)
Antífona de entrada:
Olhai para mim, Senhor, e tende piedade,
pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai
todos os meus pecados! (Sl 24,16.18)
Oração do dia
Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos
humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que
for útil. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Leitura (Tobias 12,1.5-15.20)
Leitura do livro de Tobias.
12 1 Então Tobit chamou seu filho e disse-lhe: “Que havemos nós de dar a esse santo homem que te acompanhou?”
5 Chamaram-no, pois, o pai e o filho, e, tomando-o à parte, rogaram-lhe que aceitasse a metade de tudo o que tinham trazido.
6 Então ele falou-lhes discretamente: “Bendizei o Deus do
céu, e dai-lhe glória diante de todo o ser vivente, porque ele usou de
misericórdia para convosco.
7 Se é bom conservar escondido o segredo do rei, é coisa louvável revelar e publicar as obras de Deus.
8 Boa coisa é a oração acompanhada de jejum, e a esmola é preferível aos tesouros de ouro escondidos,
9 porque a esmola livra da morte: ela apaga os pecados e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna;
10 aqueles, porém, que praticam a injustiça e o pecado são os seus próprios inimigos.
11 Vou descobrir-vos a verdade, sem nada vos ocultar.
12 Quando tu oravas com lágrimas e enterravas os
mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua
casa durante o dia, para sepultá-los quando viesse a noite, eu
apresentava as tuas orações ao Senhor.
13 Mas porque eras agradável ao Senhor, foi preciso que a tentação te provasse.
14 Agora o Senhor enviou-me para curar-te e livrar do demônio Sara, mulher de teu filho.
15 Eu sou o anjo Rafael, um dos sete que assistimos na presença do Senhor.
20 É chegado o tempo de voltar para aquele que me enviou: vós, porém, bendizei a Deus e publicai todas as suas maravilhas”.
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial Tb 13
Bendito seja Deus, que vive eternamente!
Porque vós castigais e salvais,
fazeis descer aos abismos da terra
e de lá nos trazeis novamente:
de vossa mão nada pode escapar.
Compreendei o que fez para nós,
dai-lhe graças com todo o respeito!
Vossas obras celebrem a Deus
e exaltem o rei sempiterno!
Eu desejo, de toda a minha alma,
alegrar-me em Deus, rei dos céus.
Bendirei o Senhor, seus eleitos,
fazei festa e alegres louvai-o!
Evangelho (Marcos 12,38-44)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 12 38 Jesus lhes dizia em sua doutrina: “Guardai-vos dos escribas que gostam de andar com roupas compridas, de ser cumprimentados nas praças públicas 39 e de sentar-se nas primeiras cadeiras nas sinagogas e nos primeiros lugares nos banquetes. 40 Eles devoram os bens das viúvas e dão aparência de longas orações. Estes terão um juízo mais rigoroso”. 41 Jesus sentou-se defronte do cofre de esmola e observava como o povo deitava dinheiro nele; muitos ricos depositavam grandes quantias. 42 Chegando uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, no valor de apenas um quadrante. 43 E ele chamou os seus discípulos e disse-lhes: “Em verdade vos digo: esta pobre viúva deitou mais do que todos os que lançaram no cofre, 44 porque todos deitaram do que tinham em abundância; esta, porém, pôs, da sua indigência, tudo o que tinha para o seu sustento”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A GENEROSIDADE LOUVADA
O contraste entre a oferta dos ricos e a da pobre viúva foi sublinhado, de propósito, por Jesus. Dois gestos, materialmente idênticos, escondiam diferenças significativas. A oferta do rico, maior em quantidade, não tinha a qualidade da oferta da viúva: a primeira provinha do supérfluo, a segunda da penúria e significava abrir mão do próprio sustento. A generosidade do rico revelou exibição, enquanto a da viúva tinha a consistência de um gesto feito de coração.
A observação de Jesus deixava transparecer sua simpatia e predileção pelos pobres. A humildade e simplicidade destes tornavam-nos abertos para Deus, a ponto de se esquecerem de si mesmos e de suas necessidades materiais. A total confiança na misericórdia divina levava-os a se mostrarem desapegados mesmo daquilo que lhes era necessário para sobreviver.
Desta maneira, os pobres mostravam-se mais predispostos a acolher o Reino de Deus. Por não estarem apegados aos bens materiais, deixavam espaço aberto para Deus se tornar Senhor de suas vidas. Jesus dava-se conta de como a pobreza gerava liberdade, possibilitando a ação do Reino.
Louvando o gesto daquela pobre viúva, Jesus denunciava o daqueles que acreditavam poder comprar a benevolência divina com esmolas generosas.
O contraste entre a oferta dos ricos e a da pobre viúva foi sublinhado, de propósito, por Jesus. Dois gestos, materialmente idênticos, escondiam diferenças significativas. A oferta do rico, maior em quantidade, não tinha a qualidade da oferta da viúva: a primeira provinha do supérfluo, a segunda da penúria e significava abrir mão do próprio sustento. A generosidade do rico revelou exibição, enquanto a da viúva tinha a consistência de um gesto feito de coração.
A observação de Jesus deixava transparecer sua simpatia e predileção pelos pobres. A humildade e simplicidade destes tornavam-nos abertos para Deus, a ponto de se esquecerem de si mesmos e de suas necessidades materiais. A total confiança na misericórdia divina levava-os a se mostrarem desapegados mesmo daquilo que lhes era necessário para sobreviver.
Desta maneira, os pobres mostravam-se mais predispostos a acolher o Reino de Deus. Por não estarem apegados aos bens materiais, deixavam espaço aberto para Deus se tornar Senhor de suas vidas. Jesus dava-se conta de como a pobreza gerava liberdade, possibilitando a ação do Reino.
Louvando o gesto daquela pobre viúva, Jesus denunciava o daqueles que acreditavam poder comprar a benevolência divina com esmolas generosas.
Oração
Espírito de generosidade, liberta meu coração de todo apego aos bens deste mundo, tornando-me capaz de partilhar até mesmo do meu pouco.
Espírito de generosidade, liberta meu coração de todo apego aos bens deste mundo, tornando-me capaz de partilhar até mesmo do meu pouco.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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