Dia 11 de Janeiro - Domingo
BATISMO DO SENHOR
(Branco, Glória, Prefácio Próprio – Ofício da Festa)
Antífona de entrada:
Batizado o Senhor, os céus se abriram e o
Espírito Santo pairou sobre ele sob a forma de pomba. E a voz do Pai se
fez ouvir: Este é o meu Filho muito amado, nele está todo o meu amor!
(Mt 3,16s).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo Cristo batizado no
Jordão e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente
vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e
do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Isaías 42,1-4.6-7)
Leitura do livro do profeta Isaías.
42 1 “Eis meu Servo que eu amparo, meu
eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele meu
espírito, para que leve às nações a verdadeira religião.
2 Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas.
3 Não quebrará o caniço rachado, não extinguirá a mecha que
ainda fumega. Anunciará com toda a franqueza a verdadeira religião; não
desanimará, nem desfalecerá,
4 até que tenha estabelecido a verdadeira religião sobre a terra, e até que as ilhas desejem seus ensinamentos.
6 Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão,
eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a luz das
nações;
7 para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros e da prisão aqueles que vivem nas trevas”.
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 28/29
Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!
Filhos de Deus, tributai ao Senhor,
tributai-lhe a glória e o poder!
Dai-lhe a glória devida ao seu nome;
adorai-o com santo ornamento!
Eis a voz do Senhor sobre as águas,
sua voz sobre as águas intensas!
Eis a voz do Senhor com poder!
Eis a voz do Senhor majestosa.
Sua voz no trovão reboando!
No seu templo os fiéis bradam: “Glória!”
É o Senhor que domina os dilúvios,
o Senhor reinará para sempre!
Leitura (Atos 10,34-38)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
10 34 Então Pedro tomou a palavra e disse: “Em verdade, reconheço que Deus não faz distinção de pessoas,
35 mas em toda nação lhe é agradável aquele que o temer e fizer o que é justo.
36 Deus enviou a sua palavra aos filhos de Israel,
anunciando-lhes a boa nova da paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o
Senhor de todos.
37 Vós sabeis como tudo isso aconteceu na Judéia, depois de ter começado na Galiléia, após o batismo que João pregou.
38 Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré
com o Espírito Santo e com o poder, como ele andou fazendo o bem e
curando todos os oprimidos do demônio, porque Deus estava com ele”.
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Evangelho (Marcos 1,7-11)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu filho muito amado; escutai-o, todos vós! (Mc 9,7)
Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu filho muito amado; escutai-o, todos vós! (Mc 9,7)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 1 7 João Batista pôs-se a proclamar: "Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia do calçado. 8 Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo." 9 Ora, naqueles dias veio Jesus de Nazaré, da Galiléia, e foi batizado por João no Jordão. 10 No momento em que Jesus saía da água, João viu os céus abertos e descer o Espírito em forma de pomba sobre ele. 11 E ouviu-se dos céus uma voz: "Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição."
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A SOLIDARIEDADE DE JESUS
O batismo de Jesus, no Jordão, pode parecer, à primeira vista, inútil. Afinal, eram os pecadores os que procuravam o batismo de João, para redimir-se de seus pecados, na perspectiva da iminente chegada do Messias. Por um lado, Jesus não era pecador. Por outro, ele era o Messias, cuja ação havia de revolucionar a história humana. Como justificar, então, seu batismo?
O batismo de Jesus, no Jordão, pode parecer, à primeira vista, inútil. Afinal, eram os pecadores os que procuravam o batismo de João, para redimir-se de seus pecados, na perspectiva da iminente chegada do Messias. Por um lado, Jesus não era pecador. Por outro, ele era o Messias, cuja ação havia de revolucionar a história humana. Como justificar, então, seu batismo?
A vinda do Messias Jesus tinha como finalidade oferecer aos pecadores a salvação. Este seria o público privilegiado de sua ação. Quando, no início de seu ministério, dirigiu-se para o lugar onde João estava batizando, Jesus foi colocar-se exatamente onde se encontravam os que viera para salvar.
Em torno de João, reuniam-se pessoas conscientes de seus pecados e desejosas de se verem livres deles. Jesus foi ao encontro delas, pois haveria de livrá-las, definitivamente, do peso de seus pecados, anunciando-lhes o advento do Reino de Deus.
O Messias, porém, escolheu o caminho da solidariedade com os pecadores e se colocou junto deles como salvador, não como juiz. Ao se fazer um com eles, embora não sendo pecador, possibilitou que a graça tivesse lugar na vida daquela gente. Foi assim que, no batismo, o Filho amado de Deus iniciou sua missão.
Oração
Senhor Jesus, que escolheste o caminho da solidariedade para trazer salvação à humanidade, faze-me também solidário com aqueles aos quais devo anunciar o teu Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
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