Dia 1º de Outubro - Quarta-feira
SANTA TERESINHA
VIRGEM E DOUTORA
(Branco, Prefácio Comum ou das Virgens – Ofício da Memória)
Antífona da entrada:
Deus cercou-a de cuidados e a instruiu, guardou-a como a pupila dos
seus olhos. Ele abriu suas asas como a águia e em cima dos seus ombros a
levou. E só ele, o Senhor, foi o seu guia (Dt 32,10ss).
Oração do dia
Ó Deus, que preparais o vosso reino para os pequenos e
humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de santa Teresinha, para
que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Jó 9,1-12.14-16)
Leitura do livro de Jó.
9 1 Jó tomou a palavra nestes termos:
2 “Sim; bem sei que é assim; como poderia o homem ter razão contra Deus?
3 Se quisesse disputar com ele, não lhe responderia uma vez entre mil.
4 Deus é sábio em seu coração e poderoso, quem pode afrontá-lo impunemente?
5 Ele transporta os montes sem que estes percebam, ele os desmorona em sua cólera.
6 Sacode a terra em sua base, e suas colunas são abaladas.
7 Dá uma ordem ao sol que não se levante, põe um selo nas estrelas.
8 Ele sozinho formou a extensão dos céus, e caminha sobre as alturas do mar.
9 Ele criou a Grande Ursa, Órion, as Plêiades, e as câmaras austrais.
10 Fez maravilhas insondáveis, prodígios incalculáveis.
11 Ele passa despercebido perto de mim, toca levemente em mim sem que eu tenha percebido.
12 Quem poderá impedi-lo de arrebatar uma presa? Quem lhe dirá: ‘Por que fazes isso?’
14 Quem sou eu para replicar-lhe, para escolher argumentos contra ele?
15 Ainda que eu tivesse razão, não responderia; pediria clemência a meu juiz.
16 Se eu o chamasse, e ele não me respondesse, não acreditaria que tivesse ouvido a minha voz”.
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 87/88
Chegue a minha oração até a vossa presença!
Clamo a vós, ó Senhor, sem cessar, todo o dia,
Minhas mãos para vós se levantam em prece.
Para os mortos, acaso, faríeis milagres?
Poderiam as sombras erguer-se e louvar-vos?
No sepulcro haverá quem vos cante o amor
E proclame entre os mortos a vossa verdade?
Vossas obras serão conhecidas nas trevas,
Vossa graça, no reino onde tudo se esquece?
Quanto a mim, ó Senhor, clamo a vós na aflição,
Minha prece se eleva até vós desde a aurora.
Por que vós, ó Senhor, rejeitais a minha alma?
E por que escondeis vossa face de mim?
Clamo a vós, ó Senhor, sem cessar, todo o dia,
Minhas mãos para vós se levantam em prece.
Para os mortos, acaso, faríeis milagres?
Poderiam as sombras erguer-se e louvar-vos?
No sepulcro haverá quem vos cante o amor
E proclame entre os mortos a vossa verdade?
Vossas obras serão conhecidas nas trevas,
Vossa graça, no reino onde tudo se esquece?
Quanto a mim, ó Senhor, clamo a vós na aflição,
Minha prece se eleva até vós desde a aurora.
Por que vós, ó Senhor, rejeitais a minha alma?
E por que escondeis vossa face de mim?
Evangelho (Lucas 9,57-62)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu tudo considero como perda e como lixo a fim de eu ganhar Cristo e ser achado nele! (Fl 3,8s)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 9 57 enquanto caminhavam, um homem disse a Jesus: “Senhor, seguir-te-ei para onde quer que vás”. 58 Jesus replicou-lhe: “As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 59 A outro disse: “Segue-me”. Mas ele pediu: “Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai”. 60 Mas Jesus disse-lhe: “Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus”. 61 Um outro ainda lhe falou: “Senhor, seguir-te-ei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa”. 62 Mas Jesus disse-lhe: “Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus”.
Palavra da Salvação.
Eu tudo considero como perda e como lixo a fim de eu ganhar Cristo e ser achado nele! (Fl 3,8s)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 9 57 enquanto caminhavam, um homem disse a Jesus: “Senhor, seguir-te-ei para onde quer que vás”. 58 Jesus replicou-lhe: “As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 59 A outro disse: “Segue-me”. Mas ele pediu: “Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai”. 60 Mas Jesus disse-lhe: “Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus”. 61 Um outro ainda lhe falou: “Senhor, seguir-te-ei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa”. 62 Mas Jesus disse-lhe: “Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A RADICALIDADE DO SEGUIMENTO
Cada uma das três cenas de encontro de Jesus com pessoas chamadas a segui-lo, ilustra a radicalidade do seguimento. É preciso uma grande dose de despojamento para dar o passo. Sem isto, essa experiência ficaria sem feito, já nos seus inícios.
A primeira cena aponta para o destino de pobreza e insegurança a que estão fadados os seguidores de Jesus. Ele mesmo sabia-se desprovido de segurança oferecida por uma estrutura familiar, ou qualquer outra. Não podia contar com nada que lhe pudesse oferecer estabilidade. Sua existência era realmente precária, sob o ponto de vista material. Estava sempre na dependência da generosidade alheia.
A segunda cena, sem pretender pôr em discussão as obrigações próprias da piedade filial, indica estar o discípulo a serviço do Reino da vida. É inútil preocupar-se com a morte física, pois esta é vista na perspectiva da ressurreição. Assim, não é falta de piedade, no caso do discípulo em missão, estar ausente por ocasião do enterro do próprio pai. A certeza da ressurreição permite-lhe manter-se em comunhão com o ente querido, para além da morte física.
A terceira cena mostra como o chamado do Reino não suporta delongas. Nada de despedidas demoradas, adiamentos sem fim, desculpas sucessivas. Ao ser chamado, o discípulo deve estar disposto a romper com o passado e lançar-se, de cheio, no serviço do Reino.
Cada uma das três cenas de encontro de Jesus com pessoas chamadas a segui-lo, ilustra a radicalidade do seguimento. É preciso uma grande dose de despojamento para dar o passo. Sem isto, essa experiência ficaria sem feito, já nos seus inícios.
A primeira cena aponta para o destino de pobreza e insegurança a que estão fadados os seguidores de Jesus. Ele mesmo sabia-se desprovido de segurança oferecida por uma estrutura familiar, ou qualquer outra. Não podia contar com nada que lhe pudesse oferecer estabilidade. Sua existência era realmente precária, sob o ponto de vista material. Estava sempre na dependência da generosidade alheia.
A segunda cena, sem pretender pôr em discussão as obrigações próprias da piedade filial, indica estar o discípulo a serviço do Reino da vida. É inútil preocupar-se com a morte física, pois esta é vista na perspectiva da ressurreição. Assim, não é falta de piedade, no caso do discípulo em missão, estar ausente por ocasião do enterro do próprio pai. A certeza da ressurreição permite-lhe manter-se em comunhão com o ente querido, para além da morte física.
A terceira cena mostra como o chamado do Reino não suporta delongas. Nada de despedidas demoradas, adiamentos sem fim, desculpas sucessivas. Ao ser chamado, o discípulo deve estar disposto a romper com o passado e lançar-se, de cheio, no serviço do Reino.
Oração
Espírito de determinação, que as preocupações desta vida jamais me impeçam de ser decidido em entregar-me à missão que o Senhor me confiou.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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