Dia 14 de Fevereiro - Sábado
SANTOS CIRILO E METÓDIO
Monge e Bispo
(Branco, Pref. Comum ou dos pastores – Ofício da memória)
Antífona de entrada:
Minhas palavras que coloquei em tua boca,
diz o Senhor, não se afastarão jamais de teus lábios; e tuas oferendas
serão aceitas em meu altar (Is 59,21;56,7)
Oração do dia
Ó Deus, pelos dois irmãos Cirilo e Metódio, levastes a luz do
Evangelho aos povos eslavos; daí-nos acolher no coração a vossa palavra e
fazei de nós um povo unido na verdadeira fé e no fiel testemunho do
Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Leitura (Gênesis 3,9-24)
Leitura do livro do Gênesis.
3 9 Mas o Senhor Deus chamou o homem, e disse-lhe: “Onde estás?” 10 E ele respondeu: “Ouvi o barulho dos vossos passos no jardim; tive medo, porque estou nu; e ocultei-me.” 11
O Senhor Deus disse: “Quem te revelou que estavas nu? Terias tu
porventura comido do fruto da árvore que eu te havia proibido de comer?”
12 O homem respondeu: “A mulher que pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi.” 13 O Senhor Deus disse à mulher: "Porque fizeste isso?” “A serpente enganou-me",– respondeu ela – "e eu comi.”
14 Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque
fizeste isso, serás maldita entre todos os animais e feras dos campos;
andarás de rastos sobre o teu ventre e comerás o pó todos os dias de tua
vida.
15 Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.”
16 Disse também à mulher: "Multiplicarei os
sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores, teus desejos te
impelirão para o teu marido e tu estarás sob o seu domínio.”
17 E disse em seguida ao homem: “Porque ouviste a
voz de tua mulher e comeste do fruto da árvore que eu te havia proibido
comer, maldita seja a terra por tua causa. Tirarás dela com trabalhos
penosos o teu sustento todos os dias de tua vida.
18 Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra.
19 Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar.”
20 Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela era a mãe de todos os viventes.
21 O Senhor Deus fez para Adão e sua mulher umas vestes de peles, e os vestiu. 22
E o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de nós,
conhecedor do bem e do mal. Agora, pois, cuidemos que ele não estenda a
sua mão e tome também do fruto da árvore da vida, e o coma, e viva
eternamente".
23 O Senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, para que ele cultivasse a terra donde tinha sido tirado. 24
E expulsou-o; e colocou ao oriente do jardim do Éden querubins armados
de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida.
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 89/90
Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.
Já bem antes que as montanhas fossem feitas
ou a terra e o mundo se formassem,
desde sempre e para sempre vós sois Deus.
Vós fazeis voltar ao pó todo mortal
quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!”
Pois mil anos para vós são como ontem,
qual vigília de uma noite que passou.
Eles passam como o sono da manhã,
são iguais à erva verde pelos campos:
de manhã ela floresce vicejante,
mas à tarde é cortada e logo seca.
Ensinai-nos a contar os nossos dias
e daí ao nosso coração sabedoria!
Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?
Tende piedade e compaixão de vossos servos!
Evangelho (Marcos 8,1-10)
Aleluia, aleluia, aleluia.
O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus (Mt 4,4)
O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus (Mt 4,4)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 8 1 Naqueles dias, como fosse novamente numerosa a multidão, enão tivessem o que comer, Jesus convocou os discípulos e lhes disse: 2 "Tenho compaixão deste povo. Já há três dias perseveram comigo e não têm o que comer. 3 Se os despedir em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de longe". 4 Seus discípulos responderam-lhe: "Como poderá alguém fartá-los de pão aqui no deserto?" 5 Mas ele perguntou-lhes: "Quantos pães tendes?" "Sete", responderam. 6 Mandou então que o povo se assentasse no chão. Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e entregou-os a seus discípulos, para que os distribuíssem e eles os distribuíram ao povo. 7 Tinham também alguns peixinhos. Ele os abençoou e mandou também distribuí-los. 8 Comeram e ficaram fartos, e dos pedaços que sobraram levantaram sete cestos. 9 Ora, os que comeram eram cerca de quatro mil pessoas. Em seguida, Jesus os despediu. 10 E embarcando depois com seus discípulos, foi para o território de Dalmanuta.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A COMPAIXÃO OPERANTE
A contemplação da multidão, há três dias escutando os seus ensinamentos e sendo agraciada com milagres, tocou o coração de Jesus. Aquele povo corria o risco de desfalecer, se voltasse para casa faminto. O que fazer?
A compaixão de Jesus foi operante, ou seja, uma compaixão que não se detém na simples constatação das misérias do povo. Antes, pergunta-se pelo que é possível ser feito para minorar a situação de carência.
A atitude tomada por Jesus tem duas vertentes. Na primeira, ele é quem age e indica as providências a serem tomadas. Na segunda, ele engaja, na sua ação, os discípulos e a multidão. Portanto, uma ação conjunta, que exige a participação de todos.
Tratando-se de providenciar comida, Jesus promoveu uma grande partilha dos parcos recursos disponíveis: sete pães e alguns peixinhos. Ordenou ao povo sentar-se no chão, e começou a distribuir os pães e os peixes aos discípulos, e estes, à multidão. Ele supervisionou tudo, de forma que todos ficaram saciados, chegando até a sobrar sete cestos de pedaços.
A partilha dependeu também dos discípulos e da multidão. Era preciso que compreendessem a lição da partilha, ensinada pelo Mestre, e a pusessem em prática, imediatamente. Sem este engajamento efetivo, o milagre não teria sido realizado.
A contemplação da multidão, há três dias escutando os seus ensinamentos e sendo agraciada com milagres, tocou o coração de Jesus. Aquele povo corria o risco de desfalecer, se voltasse para casa faminto. O que fazer?
A compaixão de Jesus foi operante, ou seja, uma compaixão que não se detém na simples constatação das misérias do povo. Antes, pergunta-se pelo que é possível ser feito para minorar a situação de carência.
A atitude tomada por Jesus tem duas vertentes. Na primeira, ele é quem age e indica as providências a serem tomadas. Na segunda, ele engaja, na sua ação, os discípulos e a multidão. Portanto, uma ação conjunta, que exige a participação de todos.
Tratando-se de providenciar comida, Jesus promoveu uma grande partilha dos parcos recursos disponíveis: sete pães e alguns peixinhos. Ordenou ao povo sentar-se no chão, e começou a distribuir os pães e os peixes aos discípulos, e estes, à multidão. Ele supervisionou tudo, de forma que todos ficaram saciados, chegando até a sobrar sete cestos de pedaços.
A partilha dependeu também dos discípulos e da multidão. Era preciso que compreendessem a lição da partilha, ensinada pelo Mestre, e a pusessem em prática, imediatamente. Sem este engajamento efetivo, o milagre não teria sido realizado.
Oração
Espírito de comiseração, não permitas que eu veja o sofrimento de meus irmãos mais pobres, sem manifestar-lhes, com gestos concretos, minha solidariedade.
Espírito de comiseração, não permitas que eu veja o sofrimento de meus irmãos mais pobres, sem manifestar-lhes, com gestos concretos, minha solidariedade.
O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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