24 maio 2015

LITURGIA DIA 29 de MAIO de 2015

Dia 29 de Maio - Sexta-feira

 

VIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Branco – Ofício da Memória)

 

Antífona de entrada:
 
Bendito o homem que espera no Senhor e põe no Senhor a sua confiança. É como árvore plantada junto ao rio, que estende suas raízes para as águas e não teme a chegada do calor (Jr 17,7s).
Oração do dia
 
Ó Deus todo-poderoso, a quem servir é reinar, dai-nos, pela intercessão de são Casimiro, a graça de vos servir com retidão e santidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Eclesiástico 44,1.9-13)
 
Leitura do livro do Eclesiástico.
44 1 Façamos o elogio dos homens ilustres, que são nossos antepassados, em sua linhagem.
9 Outros há, dos quais não se tem lembrança; pereceram como se nunca tivessem existido. Nasceram, eles e seus filhos, como se não tivessem nascido.
10 Os primeiros, porém, foram homens de misericórdia; nunca foram esquecidas as obras de sua caridade.
11 Na sua posteridade permanecem os seus bens.
12 Os filhos de seus filhos são uma santa linhagem, e seus descendentes mantêm-se fiéis às alianças.
13 Por causa deles seus filhos permanecem para sempre, e sua posteridade, assim como sua glória, não terá fim.
Palavra do Senhor.


Salmo responsorial 149
 
O Senhor ama seu povo de verdade.


Cantai ao Senhor Deus um canto novo
e o seu louvor na assembléia dos fiéis!
Alegre-se Israel em que o fez,
e Sião se rejubile no seu rei!


Com danças glorifiquem o seu nome,
toquem harpa e tambor em sua honra!
Porque, de fato, o Senhor ama seu povo
e coroa com vitória os seus humildes.


Exultem os fiéis por sua glória
e, cantando, se levantem de seus leitos,
com louvores do Senhor em sua boca.
Eis a glória para todos os seus santos.

Evangelho (Marcos 11,11-26)
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15-16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Tendo Jesus sido aclamado pela multidão, 11 11 Jesus entrou em Jerusalém e dirigiu-se ao templo. Aí lançou-os olhos para tudo o que o cercava. Depois, como já fosse tarde, voltou para Betânia com os Doze.
12 No outro dia, ao saírem de Betãnia, Jesus teve fome.
l3 Avistou de longe uma figueira coberta de folhas e foi ver se encontrava nela algum fruto. Aproximou-se da árvore, mas só encontrou folhas pois não era tempo de figos.
14 E disse à figueira: "Jamais alguém coma fruto de ti!" E os discípulos ouviram esta maldição.
15 Chegaram a Jerusalém e Jesus entrou no templo. E começou a expulsar os que no templo vendiam e compravam; derrubou as mesas dos trocadores de moedas e as cadeiras dos que vendiam pombas.
16 Não consentia que ninguém transportasse algum objeto pelo templo.
17 E ensinava-lhes nestes termos: "`Não está porventura escrito: A minha casa chamar-se-á casa de oração para todas as nações? Mas vós fizestes dela um covil de ladrões.
18 Os príncipes dos sacerdotes e os escribas ouviram-no e procuravam um modo de o matar. Temiam-no, porque todo o povo se admirava da sua doutrina.
19 Quando já era tarde, saíram da cidade.
20 No dia seguinte pela manhã, ao passarem junto da figueira, viram que ela secara até a raiz.
21 Pedro lembrou-se do que se tinha passado na véspera e disse a Jesus: "`Olha, Mestre, como secou a figueira que amaldiçoaste!"
22 Respondeu-lhes Jesus: "Tende fé em Deus.
23 Em verdade vos declaro: todo o que disser a este monte: Levanta-te e lança-te ao mar, se não duvidar no seu coração, mas acreditar que sucederá tudo o que disser, obterá esse milagre.
24 Por isso vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado.
25 E quando vos puserdes de pé para orar, perdoai, se tiverdes algum ressentimento contra alguém, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados.
26 Mas se não perdoardes, tampouco vosso Pai que está nos céus vos perdoará os vossos pecados."
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho
 
A ESTERILIDADE PUNIDA
O episódio da figueira tem, à primeira vista, um quê de inexplicável. A maldição lançada sobre ela, por Jesus, parece não se justificar. Se não era tempo de figos, como ele esperava encontrar frutos? Estaria pretendendo que o ciclo natural daquela planta se adaptasse às suas exigências? Teria Jesus dado vazão a uma agressividade infantil?
Estas questões são irrelevantes, diante do valor parabólico do relato. A figueira simboliza o povo de Israel. Jesus, o Filho enviado, contava com os frutos produzidos por este povo predileto de Deus. Encontrou-o, ao invés, na mais completa esterilidade. Foi o que também ficou patente, quando, certa vez, Jesus entrou no Templo. Aí se deparou com uma religião transformada em comércio, em exploração, sem nenhuma preocupação com a prática da misericórdia e da justiça. A casa de Deus fora profanada de maneira flagrante, e ninguém se levantava para pôr um basta nesta situação. Era possível esperar grandes coisas de um povo que agia desta maneira? E o que teria sentido Deus diante desta situação?
Na teologia de Israel, a infidelidade era sempre punida. Fazer a figueira secar até à raiz apontava para o castigo a ser infligido ao Israel infiel, incapaz de dar os frutos esperados por Deus.
Não foi Jesus o primeiro a tocar neste assunto. Antes dele, já os profetas haviam alertado o povo infiel para o castigo que lhe estava reservado.


Oração
Espírito de fecundidade, livra-me de viver de modo incompatível com o projeto de Deus. Que minha vida dê frutos de justiça e caridade.



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês) 


 

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