14 agosto 2015

LITURGIA DIA 14 de AGOSTO de 2015

Dia 14 de Agosto - Sexta-feira

 

SÃO MAXIMILIANO KOLBE
PRESBÍTERO E MÁRTIR
(Vermelho, Prefácio Comum ou dos Mártires – Ofício da Memória)

 

Antífona de entrada:
 
Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor. Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor do meus irmãos, foi a mim que o fizestes (Mt 25,34.40).
 
Oração do dia
 
Ó Deus, inflamastes são Miximiliano Kolbe, presbítero e mártir, com amor à virgem imaculada e lhe destes grande zelo pastoral e dedicação ao próximo. Concedei-nos, por sua intercessão, que trabalhemos intensamente pela vossa glória no serviço do próximo, para que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho até a morte. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 
Leitura (Josué 24,1-13)
 
Leitura do livro de Josué. 24 1 Josué convocou a Siquém todas as tribos de Israel, seus anciãos, seus chefes, seus juízes e seus oficiais. Eles apresentaram-se diante de Deus, 2 e Josué disse a todo o povo: Eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: outrora, vossos ancestrais, Taré, pai de Abraão e de Nacor, habitavam além do rio e serviam a deuses estrangeiros. 3 Tomei vosso pai Abraão do outro lado do Jordão e conduzi-o à terra de Canaã. Multipliquei sua descendência e dei-lhe Isaac, 4 ao qual dei Jacó e Esaú, e dei a este último a montanha de Seir; Jacó, porém, e seus filhos desceram ao Egito. 5 Depois mandei Moisés e Aarão e feri o Egito com tudo o que fiz no meio dele; e em seguida vos tirei de lá. 6 Fiz sair vossos pais do Egito e, quando chegastes ao mar, os egípcios perseguiram vossos pais com carros e cavaleiros até o mar Vermelho. 7 Os israelitas clamaram ao Senhor, o qual pôs trevas entre vós e os egípcios, e fez vir o mar sobre eles, cobrindo-os. Vistes com os vossos olhos o que fiz aos egípcios, e depois disso habitastes muito tempo no deserto. 8 Conduzi-vos em seguida à terra dos amorreus, que habitavam além do Jordão. Eles combateram contra vós, mas eu os entreguei em vossas mãos; tomastes posse de sua terra e eu os exterminei diante de vós. 9 Balac, filho de Sefor, rei de Moab, combateu contra Israel. Mandou chamar Balaão, filho de Beor, para vos amaldiçoar. 10 Mas eu não quis ouvir Balaão, e ele teve de vos abençoar; e tirei-vos da mão de Balac. 11 Passastes o Jordão e chegastes a Jericó. Combateram contra vós os homens dessa cidade, bem como os amorreus, os ferezeus, os cananeus, os hiteus, os gergeseus, os heveus e os jebuseus, e eu os entreguei todos nas vossas mãos. 12 Mandei adiante de vós vespas que expulsaram os dois reis dos amorreus, não com a vossa espada, nem com o vosso arco. 13 Desse modo, dei-vos uma terra que não lavrastes, cidades que não construístes, onde agora habitais, vinhas e oliveiras que não plantastes, das quais comeis agora os frutos.
Palavra do Senhor.
 
 
Salmo responsorial 135/136
 
Eterna é a sua misericórdia!
 

Demos graças ao Senhor, porque ele é bom:
porque eterno é seu amor!
Demos graças ao Senhor, Deus dos deuses:
porque eterno é seu amor!
Demos graças ao Senhor dos senhores:
porque eterno é seu amor!
 

Ele guiou pelo deserto o seu povo:
porque eterno é seu amor!
E feriu por causa dele grandes reis:
porque eterno é seu amor!
Reis poderosos fez morrer por causa dele:
porque eterno é seu amor!
 

Repartiu a terra deles como herança:
porque eterno é seu amor!
Como herança de Israel, seu servido:
porque eterno é seu amor!
 

De nossos inimigos libertou-nos:
porque eterno é seu amor!
 
 
Evangelho (Mateus 19,3-12)
 
Aleluia, aleluia, aleluia. Acolhei a palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (1Ts 2,13
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 19 3 os fariseus vieram perguntar a Jesus para pô-lo à prova: “É permitido a um homem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer?”
4 Respondeu-lhes Jesus: “Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: 5 ‘Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne’? 6 Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”. 7 Disseram-lhe eles: “Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la?” 8 Jesus respondeu-lhes: “É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim. 9 Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério”. 10 Seus discípulos disseram-lhe: “Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar!” 11 Respondeu ele: “Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. 12 Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda”.
Palavra da Salvação.


 
Comentário ao Evangelho
 
RESPEITO PELAS MULHERES
            É bem conhecida a situação de inferioridade das mulheres, na sociedade do tempo de Jesus. Juntamente com as crianças, eram consideradas como propriedade dos maridos ou dos pais. Nesta condição, eram discriminadas nas práticas religiosas; seu testemunho não tinha valor;  ficavam à mercê dos homens. No casamento, tinham poucos direitos a exigir. A Lei do divórcio, como era interpretada por alguns rabinos, tornava-as vítimas do humor dos maridos. Os fariseus perguntaram a Jesus que motivos um homem poderia ter para repudiar sua mulher. E isto porque os homens tinham o direito absoluto sobre as esposas. Até podiam despedi-las  por qualquer motivo, mesmo por uma ninharia.
            A resposta de Jesus, que sempre se posicionou na defesa dos injustiçados, defende a sacralidade do matrimônio, mas também representa uma tomada de posição em defesa das mulheres. A igualdade entre todas as pessoas provém da criação, quando Deus criou o ser humano, homem e mulher. Não se justifica, pois, a pretensa superioridade masculina.          Quanto ao casamento, o projeto de Deus é que o homem e a mulher, ao se casarem, sejam ambos uma só carne. Esta união é indissolúvel por ser obra de Deus. Sendo assim, a união conjugal não pode ser desfeita por nenhum motivo. A indissolubilidade do matrimônio só acontece quando existe amor, que exige do marido respeito pela mulher.
 


 

Oração
            Senhor Jesus, possa eu compreender que a exigência de respeito por todos os seres humanos provém da verdade que todos foram criados por Deus.
 

 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
 

05 agosto 2015

SANTA CLARA

dia 11 de agosto
 
SANTA CLARA
 
Clara nasceu em Assis, no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana, muito rica, onde possuía de tudo. Porém o que a menina mais queria era seguir os ensinamentos de Francisco de Assis. Aliás, foi Clara a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal franciscano. Sua família, entretanto, era contrária à sua resolução de seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu propósito.
No dia 18 de março de 1212, aos dezenove anos de idade, fugiu de casa e, humilde, apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. Ele, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência.

Depois disso, Clara, a conselho de Francisco, ingressou no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela.

Pouco tempo depois, Francisco levou-as para o humilde Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Em agosto, quando ingressou Pacífica de Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como sempre serão chamadas, de "Clarissas".

Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa. Mas conseguiu o "privilégio da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo, assim, o carisma franciscano. O testemunho de fé de Clara foi tão grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de suas irmãs, Beatriz, abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado, ingressando também na nova Ordem fundada por ela.

A partir de 1224, Clara adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco de Assis morreu e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela. Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio e pôde assistir ao santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é considerada Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais.

Depois da morte de são Francisco, Clara viveu mais vinte e sete anos, dando continuidade à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de Clara ocorreu em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de Assis do ataque do exercito dos turcos muçulmanos.

No dia 11 de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu das mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de aprovação canônica, deixando, assim, as sua "irmãs clarissas" asseguradas. Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV proclamou santa Clara de Assis.

LITURGIA DIA 11 de AGOSTO de 2015

Dia 11 de Agosto - Terça-feira

 

SANTA CLARA
CONSAGRADA AO SENHOR
(Branco, Prefácio Comum ou das Virgens – Ofício da Memória)

 

Antífona de entrada:
 
Estes são os santos que receberam a bênção do Senhor e a misericórdia de Deus, seu salvador. É a geração dos que buscam a Deus (Sl 23,5s).
 
Oração do dia
 
Ó Deus, que, na vossa misericórdia, atraístes santa Clara ao amor da pobreza, concedei, por sua intercessão, que, seguindo o Cristo com um coração de pobre, vos contemplemos um dia em vosso reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 
Leitura (Deuteronômio 31,1-8)
 
Leitura do livro do Deuteronômio. 31 1 Moisés dirigiu ainda a todo o Israel o discurso seguinte: 2 "Eis-me hoje com a idade de cento e vinte anos; não posso mais ir e vir, e o Senhor disse-me que eu não passaria o Jordão. 3 O Senhor, teu Deus, passará diante de ti; ele mesmo exterminará essas nações para que possuas a sua terra. E Josué vos conduzirá, como o declarou o Senhor. 4 O Senhor fará a esses povos como fez a Seon e a Og, reis dos amorreus, e à sua terra, aniquilando-os. 5 O Senhor vo-los entregará, e vós os tratareis exatamente como vos ordenei. 6 Coragem! E sede fortes. Nada vos atemorize, e não os temais, porque é o Senhor vosso Deus que marcha à vossa frente: ele não vos deixará nem vos abandonará". 7 Moisés chamou em seguida Josué e disse-lhe em presença de todo o Israel: "Mostra-te varonil e corajoso, porque entrarás com esse povo na terra que o Senhor jurou a seus pais dar-lhes, e a repartirás entre eles. 8 O Senhor mesmo marchará diante de ti, e estará contigo, e não te . deixará nem te abandonará. Nada temas, e não te amedrontes".
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial Dt 32
 
A porção do Senhor é o seu povo.


O nome do Senhor vou invocar;
vinde todos e dai glória ao nosso Deus!
Ele é a rocha: suas obras são perfeitas.


Recorda-te dos dias do passado
e relembra as antigas gerações;
pergunta, e teu pai te contará,
interroga, e teus avós te ensinarão.


Quando o Altíssimo os povos dividiu
e pela terra espalhou os filhos de Adão,
as fronteiras das nações ele marcou
de acordo com o número de seus filhos.


Mas a parte do Senhor foi o seu povo,
e Jacó foi a porção de sua herança.
O Senhor, somente ele, foi seu guia,
e jamais um outro deus com ele estava.


Evangelho (Mateus 18,1-5.10.12-14)
 
Aleluia, aleluia, aleluia. Tomai meu jogo sobre vós e aprendei de mim, que sou de coração humilde e manso! (Mt 11,29
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
18 1 Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: “Quem é o maior no Reino dos céus?” 2 Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: 3 “Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. 4 Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. 5 E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe.. 10 Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus. 12 Que vos parece? Um homem possui cem ovelhas: uma delas se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou? 13 E se a encontra, sente mais júbilo do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. 14 Assim é a vontade de vosso Pai celeste, que não se perca um só destes pequeninos”.
Palavra da Salvação. 


Comentário ao Evangelho
 
AMAR OS PEQUENINOS
            O amor aos pequeninos deve ser um ponto de honra para a comunidade cristã. Trata-se, aqui, de atitudes concretas de apreço, incentivo e estima, mormente em relação a quem está dando os primeiros passos na fé, uma vez que, nem sempre, é capaz de superar os obstáculos com que se defronta. Corre-se o grande perigo de assumir, diante desses pequeninos, uma atitude farisaica de rigorismo, apresentando-lhes exigências descabidas, a ponto de jogá-los fora da comunidade cristã e afastá-los da salvação.
            A exortação de Jesus - "Cuidem de não desprezar um só destes pequeninos" - revela que a fé é uma dinâmica, cujos passos vão sendo dados pouco a pouco. É inútil querer impor-se aos demais, e determinar o ritmo que devem seguir.
            Quem está dando os primeiros passos deve ser objeto de especial atenção. O abandono de certos hábitos e a acolhida do modo de ser próprio do discípulo do Reino, muitas vezes, é muito penoso. A simples força de vontade ou a firme decisão de ser diferente podem mostrar-se insuficientes quando se trata de mudar de vida. O efetivamente conseguido não corresponde àquilo que se deseja. Nem por isso, a comunidade tem o direito de desfazer-se de quem vai caminhando com dificuldade. Pelo contrário, este deve ser objeto de atenção redobrada, para não vir a esmorecer na sua opção pelo Reino.
 

 

Oração
            Espírito de apreço e estimulo, torna-me especialmente atento em relação a quem dá os primeiros passos na fé, buscando, penosamente, trilhar os caminhos da fidelidade ao Reino.


 

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

SÃO LOURENÇO

dia 10 de agosto
 
SÃO LOURENÇO
 
No ano 257, o imperador romano Valeriano ordenou uma perseguição contra os cristãos. No início, parecia mais branda do que a imposta por Décio. Ela tinha mais uma conotação repressora, porque proibia as reuniões dos cristãos, fechava os acessos às catacumbas, exilava os bispos e exigia respeito aos ritos pagãos. Mas não obrigava a renegar a fé publicamente. Entretanto, no ano seguinte, Valeriano ordenou que os bispos e padres fossem todos mortos.

Lourenço, na ocasião, era o arcediácono, do papa Xisto II, isto é, o primeiro dos sete diáconos a serviço da Igreja de Roma. Dados de sua vida, anterior a esse período, nunca foram encontrados. Porém devia ter uma boa formação acadêmica, pois seu cargo era de muita responsabilidade e importância. Depois do papa, era Lourenço o responsável pela Igreja. Iss quer dizer que ele era o assistente do papa nas celebrações e na distribuição da eucaristia. Mas, além disso, era o único administrador dos bens da Igreja, cuidando das construções dos cemitérios, igrejas e da manutenção das obras assistenciais destinadas ao amparo dos pobres, órfãos, viúvas e doentes.

A partir do decreto de Valeriano, os bispos começaram a ser executados e um dos primeiros foi Cipriano de Cartago, que morreu em 258. Logo em seguida foi a vez de o papa Xisto II ser executado, junto com os outros seis diáconos.

Conta a tradição que Lourenço conseguiu conversar com o papa Xisto II um pouco antes dele morrer. O papa ter-lhe-ia pedido para que distribuísse aos pobres todos os seus pertences e os da Igreja também, pois temia que caíssem nas mãos dos pagãos. Lourenço foi preso e levado à presença do governador romano, Cornélio Secularos, justamente para entregar todos os bens que a Igreja possuía. Lourenço pediu um prazo de três dias, pois, como confessou, a riqueza era grande e tinha de fazer o balanço completo. Obteve o consentimento.

Assim, rapidamente distribuiu tudo aos pobres e, quanto aos livros e objetos sagrados, cuidou para que ficassem bem escondidos. Em seguida, reuniu um grupo de cegos, órfãos, mendigos, doentes e colocou-os na frente de Cornélio, dizendo: "Pronto, aqui estão os tesouros da Igreja". Irado, o governador mandou que o amarrassem sobre uma grelha, para ser assado vivo, e lentamente. O suplício cruel não demoveu Lourenço de sua fé. Segundo uma narrativa de santo Ambrósio, Lourenço teria ainda encontrado disposição e muita coragem para dizer ao seu carrasco: "Vira-me, que já estou bem assado deste lado".

Lourenço morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela cidade de Roma. A população mostrou-se muito grata a são Lourenço, que, pelo seu feito, é chamado de "príncipe dos mártires". Os romanos ergueram, ao longo do tempo, tantas igrejas em sua homenagem que nem mesmo são Pedro e são Paulo, os padroeiros de Roma, possuem igual devoção.

LITURGIA DIA 10 de AGOSTO de 2015

Dia 10 de Agosto - Segunda-feira

 

SÃO LOURENÇO
DIÁCONO E MÁRTIR
(Vermelho, Glória, Prefácio dos Mártires – Ofício da Festa)

 

Antífona de entrada:
 
São Lourenço entregou-se a si mesmo ao serviço da Igreja. foi digno de sofrer o martírio e de subir com alegria para junto do Senhor Jesus.
 
Oração do dia
 
Ó Deus, o vosso diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio; concedei-nos amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 
Leitura (2 Coríntios 9,6-10)
 
Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios.
Irmãos, 9 6 convém lembrar: "aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará.
7 Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria". 8 Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras. 9 Como está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça subsiste para sempre. 10 Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para comer, vos dará rica sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça.
Palavra do Senhor.


Salmo responsorial 111/112
 
Feliz o homem caridoso e prestativo.


Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!


Feliz o homem caridoso e prestativo,
que resolve seus negócios com justiça.
Porque jamais vacilará o homem reto,
sua lembrança permanece eternamente!


Ele não teme receber notícias más:
confiando em Deus, seu coração está seguro.
Seu coração está tranqüilo e nada teme,
e confusos há de ver seus inimigos.


Ele reparte com os pobres os seus bens,
permanece para sempre o bem que fez,
e crescerão a sua glória e seu poder.

Evangelho (João 12,24-26)
 
Aleluia, aleluia, aleluia. Aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12). 
 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 12 24 "Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto.
25 Quem ama a sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. 26 Se alguém me quer servir, siga-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará".
Palavra da Salvação.


 
Comentário ao Evangelho
 
DA MORTE BROTA A VIDA
            A hora de Jesus foi se aproximando. Ele tinha plena do consciência da sorte que o espera. A morte despontava, como inevitável, no horizonte de sua existência. Jesus sabia muito bem que sua vida seria fecunda se, no momento crucial, ele fosse capaz de passar pela prova suprema da morte. Aí sua fidelidade radical abriria, para a humanidade, o caminho de acesso a Deus.
            O modo positivo como Jesus encarou a consumação de sua existência não deixou de perturbá-lo interiormente. Uma tentação possível, neste momento, seria a de pedir ao Pai para privá-lo desta circunstância pavorosa. Jesus, porém, reconheceu que toda a sua vida terrena esteve voltada para esta hora. Não seria correto, agora, preferir um atalho. Seria indigno optar pela fuga. A missão exigia dele seguir adiante.
            A tragicidade da hora de Jesus assumiu uma conotação particular por ele estar certo de não ter sido abandonado pelo Pai. Sua morte inseria-se na dinâmica de glorificação do Filho pelo Pai. Não era fácil compreender o modo divino de agir, quando a cruz despontava com toda a sua crueldade. Na perspectiva divina, porém, a morte de cruz representava a subjugação do poder do mal e da injustiça e o triunfo do senhorio do Pai na vida do Filho Jesus. Da cruz, proviria a vida nova e gloriosa, penhor de redenção para a humanidade.

 

Oração 
            Senhor Jesus, a vida jorrou abundante de sua fidelidade até à morte de cruz. Possa eu beneficiar-me desta plenitude de vida.

 

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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LITURGIA DIA 09 de AGOSTO de 2015

Dia 9 de Agosto - Domingo

 

XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Verde, Glória, Creio – III Semana do Saltério)

 

Antífona de entrada:
 
Considerai, Senhor, vossa aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).
 
Oração do dia
 
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 
Leitura (1 Reis 19,4-8)
 
Leitura do primeiro livro dos Reis.
Naqueles dias, 19 4 Elias andou pelo deserto um dia de caminho. Sentou-se debaixo de um junípero e desejou a morte: “Basta, Senhor”, disse ele; “tirai-me a vida, porque não sou melhor do que meus pais”.
5 Deitou-se por terra, e adormeceu debaixo do junípero. Mas eis que um anjo tocou-o, e disse: “Levanta-te e come”. 6 Elias olhou e viu junto à sua cabeça um pão cozido debaixo da cinza, e um vaso de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. 7 Veio o anjo do Senhor uma segunda. vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come, porque tens um longo caminho a percorrer”. 8 Elias levantou-se, comeu e bebeu e, com o vigor daquela comida, andou quarenta dias e quarenta noites, até Horeb, a montanha de Deus.
Palavra do Senhor.
 

 
Salmo responsorial 33/34
 
Provai e vede quão suave é o Senhor! 
 
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!


Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
e de todos os temores me livrou.


Contemplai a sua face e alegrai-vos,
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
e o Senhor o libertou de toda angústia.


O anjo do Senhor vem acampar
ao redor dos que o temem e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

 
Leitura (Efésios 4,30,5,1-2)
 
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios. 30 Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção. 31 Toda amargura, ira, indignação, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós, bem como toda malícia. 32 Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo. 1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. 2 Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor.
Palavra do Senhor.

 
Evangelho (João 6,41-51)
 
Aleluia, aleluia, aleluia. Eu sou o pão vivo, descido do céu; quem deste pão come, sempre há de viver. Eu sou o pão vivo, descido do céu, amém aleluia, aleluia! (Jo 6,51
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 6 41 murmuravam então dele os judeus, porque dissera: “Eu sou o pão que desceu do céu”.
42 E perguntavam: “Porventura não é ele Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como, pois, diz ele: ‘Desci do céu?’” 43 Respondeu-lhes Jesus: “Não murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia. 45 Está escrito nos profetas: ‘Todos serão ensinados por Deus’. Assim, todo aquele que ouviu o Pai e foi por ele instruído vem a mim. 46 Não que alguém tenha visto o Pai, pois só aquele que vem de Deus, esse é que viu o Pai. 47 Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. 50 Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. 51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo”.
Palavra da Salvação.


 
Comentário ao Evangelho
 
ATRAÍDOS PELO PAI
 
            A acolhida de Jesus na fé é obra do Pai no coração do discípulo. Por isso, Jesus proclamava: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai". A salvação acontece neste processo de inter-relação que abrange o Pai, o Filho e o discípulo.
            É possível descrever esta dinâmica do discipulado. Quem se predispõe a ser discípulo deve ter suficiente boa vontade a ponto de fazer-se sensível à moção de Deus que o convoca a deixar de lado o egoísmo e a abrir-se para o amor. O primeiro passo consistirá em escutar o apelo de Deus que o interpela a assumir um novo projeto de vida. O passo seguinte será a firme decisão de deixar-se mover e conduzir pela graça, dispondo-se a trilhar os caminhos que lhe serão apresentados, sem colocar dificuldades. Disto resultará o encontro com Jesus, encarnação do amor do Pai na história humana, e a conseqüente transformação da própria vida. Assim, cabe ao discípulo cooperar com o Pai nesta obra de encontro com Jesus e não tomar iniciativa por conta própria.
            Esta é a forma pela qual a humanidade continua a ser instruída pelo Pai. Daí a necessidade de ouvir o Filho e tornar-se seu imitador. É a melhor forma de deixar-se interpelar pela Palavra de Deus e ser guiado por ela.
            Em suma, deixado à própria sorte, o discípulo jamais encontrará o caminho para Deus. A missão de Jesus é ajudá-lo nesta tarefa.
 

 

Oração
            Pai, que eu seja movido por ti, no processo de encontro com Jesus, para que, tendo-o encontrado, ele me instrua sempre mais a respeito de ti.


 

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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SÃO DOMINGOS

dia 08 agosto 
 
SÃO DOMINGOS
 
Domingos nasceu em 24 de junho de 1170, na pequena vila de Caleruega, na Velha Castela, atual Espanha. Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica: seus pais eram Félix de Gusmão e Joana d'Aza e seus irmãos, Antonio e Manes. O primeiro tornou-se sacerdote e morreu com odor de santidade. O segundo, junto com a mãe, foi beatificado pela Igreja.

Nesse berço exemplar, o pequeno Domingos trilhou o mesmo caminho de servir a Deus. Até mesmo o seu nome foi escolhido para homenagear são Domingos de Silos, porque sua mãe, antes de Domingos nascer, fez uma novena no santuário do santo abade. E, como conta a tradição, no sétimo dia ele lhe teria aparecido para anunciar que seu futuro filho seria um santo para a Igreja Católica.

Domingos dedicou-se aos estudos, tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado. Em Calência, cidade onde se diplomou, surpreendeu a todos ao vender os objetos de seu quarto, inclusive os pergaminhos caros usados nos estudos, para ter um pequeno "fundo" e com ele alimentar os pobres e doentes.

Aos vinte e quatro anos, sentindo o chamado, recebeu a ordenação sacerdotal. Foi enviado para a diocese de Osma, onde se distinguiu pela competência e inteligência. Logo foi convidado para auxiliar o rei Afonso VII nos trabalhos diplomáticos do seu governo e também para representar a Santa Sé, em algumas de suas difíceis missões.

Durante a Idade Média, período em que viveu, havia a heresia dos albigenses, ou cátaros, surgida no sul da França. O papa Inocêncio III enviou-o para lá, junto com Diego de Aceber, seu companheiro, a fim de combater os católicos reencarnacionistas. Mas, devido à morte repentina desse caro amigo, Domingos teve de enfrentar a missão francesa sozinho. E o fez com muita eficiência, usando apenas o seu exemplo de vida e a pregação da verdadeira Palavra de Deus.

Em 1207, em Santa Maria de Prouille, Domingos fundou o primeiro mosteiro da Ordem Segunda, das monjas, destinado às jovens que, devido à carestia, estavam condenadas à vida do pecado. Os biógrafos narram que foi na igreja desse convento que Nossa Senhora apareceu para Domingos e disse-lhe para difundir a devoção do rosário, como princípio da conversão dos hereges e para a salvação dos fiéis. Por isso os dominicanos são tidos como os guardiões do rosário, cujo culto difundem no mundo cristão através dos tempos.

A santidade de Domingos ganhava cada vez mais fama, atraindo as pessoas que desejavam seguir o seu modelo de apostolado. Foi assim que surgiu o pequeno grupo chamado "Irmãos Pregadores", do qual fazia parte o seu irmão de sangue, o bem-aventurado Manes.

Em 1215, a partir dessa irmandade, Domingos decidiu fundar uma Ordem, oferecendo uma nova proposta de evangelização cristã e vida apostólica. Ela foi apresentada ao papa Inocêncio III, que, no mesmo ano, durante o IV Concílio de Latrão, concedeu a primeira aprovação. No ano seguinte, seu sucessor, o papa Honório III, emitiu a aprovação definitiva, dando-lhe o nome de Ordem dos Frades Predicadores, ou Dominicanos. Eles passaram a ser conhecidos como homens sábios, pobres e austeros, tendo como características essenciais a ciência, a piedade e a pregação.

Em 1217, para atrair a juventude acadêmica para dentro do clero, o fundador determinou que as Casas da Ordem fossem criadas nas principais cidades universitárias da Europa, que na época eram Bolonha e Paris. Ele se fixou na de Bolonha, na Itália, onde se dedicou ao esplêndido desenvolvimento da sua obra, presidindo, entre 1220 e 1221 os dois primeiros capítulos gerais, destinados à redação final da "carta magna" da Ordem.

No dia 8 de agosto de 1221, com apenas cinqüenta e um anos de idade, ele morreu. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, que lhe dedicava especial estima e amizade, em 1234. São Domingos de Gusmão foi sepultado na catedral de Bolonha e é venerado, no dia de sua morte, como Padroeiro Perpétuo e Defensor dessa cidade.

LITRUGIA DIA 08 de AGOSTO de 2015

Dia 8 de Agosto - Sábado

 

SÃO DOMINGOS
PRESBÍTERO E PREGADOR
(Branco, Prefácio Comum ou dos Pastores – Ofício da Memória)

 

Antífona de entrada:
 
Estes são os santos que receberam a bênção do Senhor e a misericórdia de Deus, seu salvador. É a geração dos que buscam a Deus (Sl 23,5s).
 
Oração do dia
 
Ó Deus, que os méritos e ensinamentos de são Domingos venham em socorro da vossa Igreja, para que o grande pregador da vossa verdade seja agora nosso fiel intercessor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 
Leitura (Deuteronômio 6,4,13)
 
Leitura do livro do Deuteronômio. 6 4 “Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5 Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças. 6 Os mandamentos que hoje te dou serão gravados no teu coração. 7 Tu os inculcarás a teus filhos, e deles falarás, seja sentado em tua casa, seja andando pelo caminho, ao te deitares e ao te levantares. 8 Atá-los-ás à tua mão como sinal, e os levarás como uma faixa frontal diante dos teus olhos. 9 Tu os escreverás nos umbrais e nas portas de tua casa. 10 Quando o Senhor, teu Deus, te tiver introduzido na terra que a teus pais Abraão, Isaac e Jacó, jurou te dar; grandes e excelentes cidades que não construíste, 11 casas mobiliadas e cheias de toda a sorte de coisas, que não ajuntaste, poços que não cavaste, vinhas e olivais que não plantaste, e quando comeres à saciedade, 12 então, guarda-te de esquecer o Senhor que te tirou do Egito, da casa da servidão. 13 Temerás o Senhor, teu Deus, prestar-lhe-ás o teu culto e só jurarás pelo seu nome.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 17/18
 
Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação. 


Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força,
minha rocha, meu refúgio e salvador!
Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,
minha força e poderosa salvação.


Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,
sois meu escudo e proteção: em vós espero!
Invocarei o meu Senhor: a ele a glória!
E dos meus perseguidores serei salvo!


Viva o Senhor! Bendito seja o meu rochedo!
E louvado seja Deus, meu salvador!
Concedeis ao vosso rei grandes vitórias
e mostrais misericórdia ao vosso ungido.


 
Evangelho (Mateus 17,14-20)
 
Aleluia, aleluia, aleluia. Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10). 
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.17 14 E, quando eles se reuniram ao povo, um homem aproximou-se deles e prostrou-se diante de Jesus,
15 dizendo: “Senhor, tem piedade de meu filho, porque é lunático e sofre muito: ora cai no fogo, ora na água. 16 Já o apresentei a teus discípulos, mas eles não o puderam curar”. 17 Respondeu Jesus: “Raça incrédula e perversa, até quando estarei convosco? Até quando hei de aturar-vos? Trazei-mo”. 18 Jesus ameaçou o demônio e este saiu do menino, que ficou curado na mesma hora. 19 Então os discípulos lhe perguntaram em particular: “Por que não pudemos nós expulsar este demônio?” 20 Jesus respondeu-lhes: “Por causa de vossa falta de fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé, como um grão de mostarda, direis a esta montanha: ‘Transporta-te daqui para lá’, e ela irá; e nada vos será impossível. Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum”.
Palavra da Salvação.
 
 
Comentário ao Evangelho
 
NADA É IMPOSSÍVEL
 
            Os discípulos viram-se em situações idênticas às de Jesus e foram solicitados a fazer milagres como ele. A missão dos discípulos correspondia àquela do Mestre e devia ser realizada, tomando-o como modelo. Contudo, nem sempre eles foram capazes de realizar, a contento, a tarefa recebida. E Jesus explicou-lhes o porquê não eram eficientes.
            A ocasião surgiu quando alguém trouxe o filho para ser livre de uma terrível possessão demoníaca. Os discípulos não foram capazes de expulsar o demônio. Assim, o pai teve de recorrer diretamente a Jesus, que realizou o milagre desejado.
            Quando se viram a sós com o Mestre, os discípulos perguntaram-lhe por que foram impotentes para expulsar o demônio. Ao que Jesus respondeu sem rodeios: porque vocês têm uma fé demasiado pequena. O que teria acontecido com os discípulos? Talvez não estivessem muito convencidos do que eram capazes, ou desconfiassem do próprio poder, ao se encontrarem diante de situações concretas. Ou, ainda, porque sua adesão ao Senhor não era consistente. Também poderia ser que o confronto com os poderes malignos do anti-Reino os intimidasse. Em todo caso, a mesquinhez de sua fé os bloqueava. Não poderiam dar continuidade à missão, sem possuir uma fé sólida. Com ela, tudo lhes seria possível, até mesmo o que, numa visão puramente humana, lhes pudesse parecer impossível, uma vez que tinham sido enviados a realizar grandes coisas.


 

Oração
            Senhor Jesus, reforça minha fé para que, no cumprimento da missão, eu seja capaz de fazer o que aos olhos humanos parece impossível.

 

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)




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