01 abril 2015

LITURGIA DIA 02 de ABRIL de 2015

Dia 2 de Abril - Quinta-feira

 

CEIA DO SENHOR
(Branco, Glória, Prefácio da Eucaristia – Ofício Próprio)

 

Antífona de entrada:
 
A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou (Gl 6,14).
 
Oração do dia
 
Ó Pai, estamos reunidos para a santa ceia, na qual o vosso Filho único, ao entregar-se à morte, deu à sua Igreja um novo e eterno sacrifício, como banquete do seu amor. Concedei-nos, por mistério tão excelso, chegar à plenitude da caridade e da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 
Leitura (Êxodo 12,1-8.11-14)
 
Leitura do livro do Êxodo. 12 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão: 2 “Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano. 3 Dizei a toda a assembleia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa. 4 Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer. 5 O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito. 6 E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembleia de Israel o imolará no crepúsculo. 7 Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem. 8 Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas. 11 Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor. 12 “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. 13 O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito. 14 Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 115/116B
 
O cálice por nós abençoado
é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.


Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.


É sentida por demais pelo Senhor
a morte de seus santos, seus amigos.
Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
mas me quebrastes os grilhões da escravidão!


Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido.
 

 
Leitura (1 Coríntios 11,23-26)
 
Leitura da carta de são Paulo aos Coríntios. 11 23 Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão 24 e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. 26 Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.
Palavra do Senhor.

 
Evangelho (João 13,1-15)
 
Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus. Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou. 2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -, 3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, 4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela. 5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. 6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Senhor, queres lavar-me os pés!” 7 Respondeu-lhe Jesus: “O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve”. 8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés!” Respondeu-lhe Jesus: “Se eu não tos lavar, não terás parte comigo”. 9 Exclamou então Simão Pedro: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10 Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!” 11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: “Nem todos estais puros”. 12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz? 13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros. 15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”.
Palavra da Salvação.

 
Comentário ao Evangelho
 
UM EXEMPLO CONVINCENTE
            O grupo de discípulos de Jesus teve muitas oportunidades de ser instruído por ele, em suas contínuas peregrinações. Cada um, porém, trazia consigo seus esquemas culturais e religiosos, nem sempre fáceis de serem questionados e de passarem por um processo de conversão. Um destes esquemas dizia respeito à desigualdade fundamental  entre as pessoas e à conseqüente relação de superioridade de umas sobre as outras.
            A proposta de Reino, proclamada por Jesus, partia da igualdade fundamental entre todos os seres humanos. Portanto, a mentalidade reinante chocava-se frontalmente com o seu projeto. E Jesus não hesitou em tocar neste tabu.
            A forma escolhida foi a de por-se a lavar os pés dos discípulos, por ocasião da última ceia. A reação impertinente de Pedro revelou seu horizonte cultural. Jesus o questionou: se ele não estivesse disposto a deixá-lo lavar-lhe os pés, não teria a menor condição de continuar a ser seu discípulo. Se Pedro impedisse o Mestre de assumir a postura serviçal de um escravo, invertendo os papéis, futuramente haveria de se perpetuar, na comunidade cristã, a estrutura social denunciada pela pregação de Jesus. O Reino, neste caso, ficaria privado de sua originalidade e o projeto de Deus dificilmente se implantaria na história humana. A lição do Mestre era cristalina: sua dignidade não ficou diminuída por ter-se curvado diante dos discípulos.
 


 

Oração
            Senhor Jesus, que teu gesto de humildade quebre os esquemas mentais que me impedem de tornar-me humilde servidor.
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).

 

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